sexta-feira, 15 de setembro de 2023

ORAÇÃO

Oração (gramática): o que é, tipos, exemplos - Brasil Escola

A oração é um enunciado caracterizado pela presença de um verbo ou locução verbal. Pode ser classificada como principal, coordenada, subordinada ou intercalada.

Oração é um enunciado que possui verbo ou locução verbal. Ela pode ser classificada como principal, coordenada, subordinada ou intercalada.

Com relação às diferenças entre oração, frase e período, podemos dizer que a frase é um enunciado que pode apresentar verbo ou não. Já o período se inicia com letra maiúscula e é finalizado com ponto-final, ponto de exclamação ou de interrogação, podendo ser simples (formado por apenas uma oração) ou composto (formado por mais de uma oração).

 

O que é oração?

 

A oração é um enunciado que possui um verbo ou uma locução verbal:

 

A vida é mesmo uma loucura!

Finalmente, ela podia dizer tudo que pensava.

 

Nesse segundo exemplo, temos duas orações: “Ela podia dizer tudo” e “que pensava”.

 

Tipos de oração

 

Oração principal

 

Em um período, a oração principal é aquela que não depende de outra oração, ou seja, ela não exerce uma função sintática. No entanto, ela vem sempre acompanhada de oração que completa o seu sentido:

 

Sonhei que estava em Paris.

 

Nesse exemplo, a oração principal é: “Sonhei”. Já “que estava em Paris” é uma oração subordinada, pois completa o sentido da principal.

 

Oração coordenada

 

A oração coordenada é independente:

 

O lápis caiu, o caderno ficou sobre a mesa.

 

Nesse enunciado, temos duas orações coordenadas: “O lápis caiu” e “o caderno ficou sobre a mesa”. Afinal, uma não depende da outra para fazer sentido. No entanto, a oração coordenada também será principal se houver outra oração coordenada que complete o seu sentido:

 

Ficamos tristes, mas não desistimos.

 

Nesse caso, temos duas orações coordenadas: “Ficamos tristes” e “mas não desistimos”. Contudo, o uso da conjunção adversativa “mas” abala levemente a independência entre elas. Assim, “mas não desistimos” também é oração principal. Afinal, a ideia principal do enunciado é que “não desistimos”, apesar do fato de que “ficamos tristes”.

Portanto, a oração coordenada pode ser assindética ou sindética (aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva ou explicativa).

 

Oração subordinada

 

A oração subordinada possui total dependência em relação à principal, pois só existe para completar sintaticamente o seu sentido:

 

Esqueceu-se de que zombava de mim na escola.

 

Nesse exemplo, a oração principal é “Esqueceu-se”, enquanto a oração subordinada “de que zombava de mim na escola” exerce a função de objeto indireto da principal. No mais, a oração subordinada pode ser substantiva, adjetiva ou adverbial.

 

Oração intercalada ou interferente

 

Como o próprio nome diz, essa oração aparece no meio de outra oração ou entre orações. Ela assume o caráter de uma opinião, esclarecimento, explicação, observação etc. Ela não exerce uma função sintática no período:

 

Frequentemente — aconteceu diversas vezes na minha vida — caminho dormindo pelo meu bairro.

 

Edson comprou uma impressora (a outra tinha estragado definitivamente) e estava esperando ansiosamente a entrega.

 

Ela é tão bonita, pensava Maria, que chego a sentir vergonha de minha aparência.

 

Como identificar uma oração

 

Para identificar uma oração, é preciso localizar os verbos ou locuções verbais de um período. Assim, vamos ver quantas orações encontramos no trecho abaixo da obra Noite na taverna, de Álvares de Azevedo:

 

Eu me encostei à aresta de um palácio. A visão desapareceu no escuro da janela... e daí um canto se derramava. Não era só uma voz melodiosa: havia naquele cantar um como choro de frenesi, um como gemer de insânia: aquela voz era sombria como a do vento à noite nos cemitérios cantando a nênia das flores murchas da morte.

 

Portanto, o parágrafo apresenta sete orações distintas:

 

1. “Eu me encostei à aresta de um palácio.”

2. “A visão desapareceu no escuro da janela...”

3. “[...] um canto se derramava.”

4. “Não era só uma voz melodiosa: [...].”

5. “[...]: havia naquele cantar um como choro de frenesi, [...].”

6. “[...]: aquela voz era sombria [...].”

7. “[...] cantando a nênia das flores murchas da morte.”

 

Frase, oração e período

 

A frase é qualquer enunciado capaz de transmitir ideias, emoções, ordens etc. Diferentemente da oração, a frase pode ser composta por um verbo ou não:

 

Perfeito!

Quem você pensa que é?

 

Já a oração é uma frase (ou parte de uma frase) que, obrigatoriamente, apresenta um verbo ou locução verbal:

 

Todo mundo diz isso.

Eles sabem que você mentiu.

 

Por fim, consideramos período o trecho que vai do início de um enunciado (cuja primeira palavra é escrita com letra maiúscula) até a sua conclusão (marcada pelo ponto-final, ponto de exclamação ou de interrogação). Para exemplificar, retomemos o parágrafo de Noite na taverna:

 

Eu me encostei à aresta de um palácio. A visão desapareceu no escuro da janela... e daí um canto se derramava. Não era só uma voz melodiosa: havia naquele cantar um como choro de frenesi, um como gemer de insânia: aquela voz era sombria como a do vento à noite nos cemitérios cantando a nênia das flores murchas da morte.

 

Nesse parágrafo, podemos apontar três períodos:

 

1. “Eu me encostei à aresta de um palácio.”

2. “A visão desapareceu no escuro da janela... e daí um canto se derramava.”

3. “Não era só uma voz melodiosa: havia naquele cantar um como choro de frenesi, um como gemer de insânia: aquela voz era sombria como a do vento à noite nos cemitérios cantando a nênia das flores murchas da morte.”

Assim, existe o período simples (com apenas uma oração) e o composto (com mais de uma oração).

É necessário saber o que é um verbo para identificar uma oração.

 

 

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